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Por que estamos vivenciando um aumento da procura por seguros patrimoniais, D&O, responsabilidade civil e garantia judicial?

  • Foto do escritor: Galcorr Marketing
    Galcorr Marketing
  • 24 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de jul.


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Por Denise Bellezi



O mercado de Seguros Corporativos no Brasil, vêm passando por uma

expressiva transformação. Os seguros Patrimoniais, seguido dos seguros de

Responsabilidade Civil, D&O (Directors and Officers) e Garantia Judicial

emergem como produtos cuja demanda apresenta notável crescimento. O

aumento da procura por essas modalidades resulta de alterações regulatórias e

econômicas além de um desenvolvimento na cultura empresarial de gestão de

riscos entre empresas variadas em tamanho e setor, que, além de outras

coisas, têm reconhecido que a capacidade de se adaptar a crises e a

incertezas é um diferencial competitivo essencial para a sobrevivência e o

crescimento no mercado.


A preocupação com a continuidade dos negócios em decorrência de eventos

inesperados encontra no seguro patrimonial um instrumento básico e

necessário para prevenção de riscos e do capital investido. Fenômenos

naturais, incêndios, explosões, roubos e a consequente paralisação das

operações constituem ameaças permanentes enquanto a aquisição deste

seguro proporciona a proteção essencial para reduzir perdas financeiras e

operacionais. A pandemia da Covid-19 revelou fragilidades organizacionais que

levaram a uma compreensão acelerada sobre a necessidade de proteger

ativos. Além disso, a intensificação e aumento da frequência de eventos

climáticos extremos impulsiona a busca por proteção junto ao mercado

segurador.


O seguro de D&O tem ganhado uma relevância crescente no cenário

corporativo brasileiro, especialmente em um contexto em que a judicialização

se intensifica. À medida que as demandas por maior transparência e

responsabilidade nas práticas empresariais aumentam, a atuação de

executivos, conselheiros e administradores está se tornando alvo de

questionamentos por parte de variados stakeholders, incluindo órgãos

reguladores, acionistas, consumidores e colaboradores.


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O desenvolvimento de diretrizes de governança corporativa e a aplicação de

regras de compliance tornaram-se grandes impulsionadores do seguro D&O,

especialmente entre empresas públicas, startups em busca de investimento e

empresas que operam em um cenário de alto risco reputacional. Estas são

práticas mais intensas, e essa rigidez aumenta a relevância da proteção

inerente ao seguro.


Em paralelo, a Responsabilidade Civil tem se tornado um tema cada vez mais

relevante, especialmente diante do aumento no número de sinistros e

demandas judiciais por danos a terceiros. Este fenômeno é reflexo não apenas

de uma sociedade mais informada e conectada, mas também da crescente

exigência dos consumidores em relação à qualidade de produtos e serviços.

Acidentes ocorridos em estabelecimentos comerciais, falhas em produtos e

serviços, além de incidentes ambientais, têm gerado uma preocupação elevada

entre as empresas, que se veem frequentemente expostas a litígios.


Diante desse panorama, o seguro de responsabilidade civil emerge como uma

solução estratégica. Não se tratando apenas de um requisito contratual, mas

de uma ferramenta essencial para a mitigação de riscos jurídicos e financeiros

enfrentados por diversas indústrias. Setores como construção civil, saúde,

alimentação e tecnologia, que lidam com atividades sensíveis e de alta

responsabilidade, têm se beneficiado significativamente dessa proteção.


Outro produto que tem apresentado crescimento expressivo é o seguro

garantia judicial. Em tempos de alta complexidade tributária e disputas jurídicas

recorrentes, o seguro garantia se apresenta como uma alternativa eficiente ao

depósito judicial e às cartas de fiança bancária. Ao oferecer menor custo e não

comprometer o capital de giro das empresas, esse tipo de seguro se torna um

aliado importante na gestão financeira e na estratégia de defesa judicial. A sua

aceitação crescente pelos tribunais e pela Receita Federal também tem

impulsionado sua adoção por parte de empresas de médio e grande porte.


Em um mercado cada vez mais moldado por métricas baseadas em ESG

(Ambiental, Social e Governança), as empresas estão aprendendo cada vez

mais que simplesmente ganhar dinheiro não é suficiente — elas também

precisam fazer negócios enquanto conservam o meio ambiente e contribuem

para as comunidades onde atuam, em vez de subtrair delas.


Dessa forma, a sustentabilidade se consolida não apenas como um dever

moral, mas como uma estratégia de negócios que fortalece a imagem da

instituição e atrai investidores comprometidos com práticas de responsabilidade

e transparência.


O avanço tecnológico do mercado segurador também tem facilitado a análise e

contratação de seguros já que torna o processo mais acessível para empresas

menores que tinham a impressão de que contratar seguros seria uma tarefa árdua e burocrática, mas essa barreira vem sendo superada a cada dia. Ou

seja, o amadurecimento das empresas com relação à gestão de riscos e a

disponibilidade de produtos mais acessíveis e personalizados comprovam a

expansão do mercado de seguros nesses ramos nos próximos anos,

representando oportunidades para o mercado segurador, e, proteção para as

empresas e líderes garantindo a continuidade dos negócios.


 
 
 

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