Cibersegurança no Brasil: Crescimento de Apólices Específicas para Riscos Digitais
- Galcorr Marketing
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de jul.

Por Denise Bellezi - Superintendente de P&C da Galcorr
Com a intensificação da transformação digital nas empresas brasileiras,
impulsionada pela adoção em larga escala de tecnologias como cloud
computing, IoT, big data e inteligência artificial, o país tem experimentado um
crescimento expressivo nas ameaças cibernéticas. Em resposta a esse
cenário, o mercado securitário nacional vem ampliando significativamente sua
atuação em apólices específicas voltadas à cibersegurança, acompanhando
uma tendência global de gestão de riscos digitais.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), os
seguros cibernéticos ainda representam uma fatia modesta do portfólio total de
seguros no Brasil, mas apresentam taxas de crescimento superiores a dois
dígitos ao ano. O aumento da complexidade dos ataques, como ransomwares,
vazamentos de dados e fraudes digitais, eleva a percepção de risco por parte
de empresas de todos os portes. Com isso, cresce também a demanda por
soluções que ofereçam não apenas cobertura financeira, mas também suporte
técnico e jurídico, em caso de incidentes.

As apólices cibernéticas no Brasil já contemplam coberturas como: resposta a
incidentes, despesas com notificação e monitoramento de clientes afetados,
lucros cessantes, responsabilidade civil por vazamento de dados e extorsão
digital. Grandes corporações e setores mais expostos, como financeiro, varejo
e saúde, lideram a contratação, mas empresas médias e pequenas começam a
entender o valor estratégico dessa proteção.
A regulação também avança nesse sentido. A Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), em vigor desde 2020, trouxe maior rigor na responsabilização por
incidentes de segurança, sendo hoje um dos principais motivadores para a
contratação de seguros cibernéticos. A SUSEP, por sua vez, acompanha o
movimento com normativas que incentivam o desenvolvimento de produtos
mais customizados e acessíveis.
Em um cenário de constante evolução digital, o seguro cibernético deixa de ser
um diferencial e passa a ocupar o papel de item essencial dentro da matriz de
riscos de diversas corporações. O desafio agora está em democratizar seu
acesso, desenvolver produtos sob medida para diferentes segmentos e ampliar
a conscientização sobre sua importância. E, disseminar esta relevância, se
aplica em especial entre empresas de médio porte, que são mais vulneráveis a
ataques e menos preparadas para suas consequências.
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